Contos Pudibundos

E viveram felizes para sempre?

quarta-feira, maio 24, 2006

A CAROCHINHA


Era uma vez uma carochinha (vulgo - barata) muito asseadinha e arrumadinha que certo dia nas suas varridelas encontrou uma libra de ouro...estoirou logo tudo em trapinhos e julgando-se catita pos-se á janela a berrar qual varina no Mercado da Ribeira: QUEM QUER CASAR COM A CAROCHINHA QUE É TÃO BELA E FORMOSINHA!!!! Os insectos passavam, olhavam e comentavam: possssas coisa-feia-de-se-ver... e o resultado em vez de ser proveitoso para a carocha, era mais repelente que insecticida. Nisto passa o João Ratão que era de Olhão: ó pra ela toda doida!!! Deve tar cheinha dele... é mais feia que sei lá, mas ás escuras marcha na mesma e eu bem que preciso de guito. Assim o João Ratão foi o único candidato, e lá se casaram. Foram de lua de mel. Voltaram para casa da barata-feia e começou o casamento a sério. O malvado do João Ratão chegava sempre tarde e a más horas, bêbado que nem um cacho e todos os dias certinho como um relógio suíço arreava porrada na carochinha. Ela já andava derreada... o Ratão era areia demais para a camioneta dela e dava-lhe cabo das economias e já ninguem vendia a fiado. A carochinha resolveu despaxa-lo, a quente e não a frio como deve ser servida qualquer vingança. Preparou um caldeirão de arroz doce e esperou que o Ratão chegasse bêbado e esfomeado...e assim foi! Quando o João espreitava pra dentro do caldeirão, a caroxinha mandou-lhe um encontrão e despachou-o de caixão.
Moral da história:
Pensem sempre nas consequências antes de beijar alguém!
(andam por aí muitos oportunistas sem tostão chamados João Ratão)

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