Contos Pudibundos

E viveram felizes para sempre?

terça-feira, maio 23, 2006

GATA BORRALHEIRA

Havia um viúvo jeitoso (tipo Sean Connery) que resolveu casar outra vêz. O problema é que ele já tinha uma filha e a nova cônjuge tinha duas. O verniz estalou logo desde o principio: a filha do velhote era pimba, parôla, iletrada e preguiçosa como uma mula. Chamavam-lhe Gata Borralheira porque a calona passava o tempo enroscada perto do borralho da lareira. As meias-manas já eram outra história, gente da Linha de Cascais habituadas ao jet-set, alta costura, joalheria, spas, plásticas caviar, etc...
Neste reino havia um rei que desesperava para casar o filho e já o julgava abixanado. Quando o rapaz teve um affair com uma hospedeira mulata e lhe deu um neto
bastardo, o rei passou-se de vez e deu o últimato: palerma, ou te casas com uma rapariga decente ou interno-te num manicómio! O princepe playboy resolveu dar um baile e convidar todas as miudas do reino (mandou convite por e-mail e msn).
Na casa da Gata Borralheira foi um ver se te avias com os mestres da Haute Couture, mas a monga da Cinderela (nome de familia) não estava para sair do quentinho e ficou a coçar a micose e a ver novelas. Quando todos tinham saído, aparaceu uma vendedora da Avon que a convenceu que até nela conseguia dar um jeito e que valia a pena ir ao baile. Foi...foi tal o arranjo que ela arrasou no baile! Não que o principe se tivesse interessado por ela, pois já estava em altos voos a imaginar-se na cama com as duas manas jet-set. É que estava lá o Hugh Heffner que ficou êxtasiado com a Gata e transformou-a na coelhinha playmate deste ano.
Moral da história:
Pensem sempre nas consequências antes de beijar alguém
(ou comer gata por lebre, coelha...tanto faz!)

1 Comments:

Enviar um comentário

<< Home